14 Bis
Centenário do vôo do avião de Santos Dumont em Paris

Como em 1906, no jardim de Bagatelle, o povo admira a réplica do avião 14 Bis de Santos Dumont. O famoso brasileiro de Minas Gerais de um metro e cinquenta de altura, sempre de bigode e com um chapéu na cabeça, que realisou o primeiro vôo da historia da aviação. « Hoje, esplica Costa Oliveira, adido naval do Brasil na França, nós estamos reunidos aqui em comemoração aos 100 anos do primeiro vôo de um aparelho mais pesado que o ar».

Neste friozinho do mês de novembro em Paris, todo mundo está esperando a decolagem do 14 Bis. São 11 horas. Está na hora de decolar. O piloto instalado na cabine de comando na cestinha de vime lança o motor. O 14 Bis corre 150 metros pela pista com elegância…De repente a asa direita do aparelho arrebenta e bate na hélice. Uma das três rodinhas dobra. Por sorte o avião ainda estava no chão.
« Ninguém se machucou, diz Philippe Foubert, responsável da segurança, secretário geral do Aéro Clube de France. O piloto não se machucou. Podemos dizer que o vôo terminou bem, com estragos materiais ». A magnífica réplica em bambou e nylon do 14 Bis quebrou. Talvez por causa da condensação, do frio e da chuva dos últimos dias. « O hangar esteve humido durante todos os dias que estivemos guardados aí, conta Danilo Fuchs, piloto e construtor desta réplica do 14 Bis. Então a madeira humedecida certamente ela fica mais flexível e deve ter acontecido isto».

« Eu acho que é uma pena para os Brasileiros, pensa a estudante Fanny Foubert, porque o avião dêles está destruído. Eu estou um pouco triste mas eu também ri um pouco. Eu acho engraçado por um lado, só isso».

Hoje, este 14 Bis não teve o mesmo sucesso do original construído por Santos Dumont que vôou 60 metros a 2 metros do solo (ver imagens de 1906). Mesmo assim o pilôto de Boeing George Simon acha que « foi uma reconstitução muito bonita. Ela permite de ver que voar não é tão fácil ».

Em todo caso o corajoso piloto Danilo Fuchs, coronel de reserva da FAB está contente e considera que a tentativa de vôo da réplica do 14 Bis foi « muito emocionante. Sempre é emocionante ».

Para Forja Neide Olívia De Souza
Bois de Boulogne, 8 de novembro de 2006